O S. Martinho chegou a Barcelos sem o seu tradicional "verão", mas trouxe, mais uma vez, Convívio, Amizade, Companheirismo e Alegria ao Lions Clube de Barcelos, reunido, ontem, dia 12/11, em Remelhe, em casa dos CCLL Manuela e Francisco Trigueiros, que de novo abriram as portas da sua casa para comemorarmos o dia desse Santo generoso e solidário, que dividiu o calor reconfortante da sua capa com o pobre enregelado que encontrou no seu caminho, num dia agreste de inverno.
O encontro estava marcado para as 13 horas. A partir dessa hora, as Companheiras e os Companheiros foram chegando e o grupo começou a reunir-se. Ao todo 38. Entre os quais se contaram os Amigos e Companheiros, CC Neiva Santos e a Companheira Cristina, do Lions Clube de Matosinhos.
Por entre conversas mais ou menos animadas, que se estabeleceram em voltas das mesas, sobre diversos assuntos, nomeadamente a actualidade preocupante do nosso país, foram servidas na eira as entradas variadas e saborosas, que iam chegando sempre quentinha, acompanhadas por um ventinho morno. Depois, sentados em volta da mesa posta no interior, o almoço e o convívio continuaram, tarde dentro. Por volta das 19 horas, chegou novo grupo de amigos, que, com a sua arte, fizeram-nos viver momentos inesquecíveis, num convívio mágico que se prolongou até à meia-noite, vividos no tanger das cordas das violas e da guitarra pelas mãos de Mário Neiva, Zeca Torres e Luís Cerqueira, respectivamente, nas vozes bem timbradas de Alberto Dias e Aparício, que entoaram belos Fados de Coimbra, no gemer das cordas do violino sob a pressão do arco na mão da jovem Anita Malheiro, manejado com mestria, na voz de Isabel Dias, vocalista do grupo "Raízes", que nos brindou com bonitos fados de Lisboa, no "fustigar" das cordas do cavaquinho (momento emocionante, de tirar o folego) nas mãos de Mestre, de Francisco Malheiro. Por último, Luís Muxima, com a sua voz rouca, profunda, "arrancada", presenteou-nos com um concerto magnífico, cantando e tocando, para nós, um leque incrível de canções, desde o fado, ao rock, passando pela música africana, música brasileira... Enfim. Fantástico! Tocou e cantou uma grande variedade de géneros musicais, transmitindo uma energia e uma emoção contangiantes e deixou-nos (deixou-me) de olhar fixo e atento e coração a vibrar de emoção.