Alegria. Companheirismo. Amizade. Cultura.
Assim se pode qualificar o passeio que nos levou ontem, Sábado, 11 de Setembro, a Coimbra. A meu ver, foi tudo isso.
Partimos do Campo da Feira, de autocarro, às 8:30 horas, com destino ao Mosteiro de Santa Clara-a-Velha. Durante o trajecto fomos mimados com uma breve resenha da história do mosteiro preparada pelo Presidente, CL José Carlos Pereira, e complementada pelo nosso CL Francisco Trigueiros, possuidor de profundos conhecimentos de História, quer pela sua formação académica, quer pelo seu gosto pessoal.
Chegados ao local assistimos a um filme ilustrador da vida no mosteiro, seguindo-se uma visita guiada aos objectos retirados do lodo,à qual sucedeu uma visita guiada às ruínas, que nos maravilhou pela arquitectura e estado de conservação da parte submersa durante tantos anos.
O Mosteiro, de estilo gótico, fundado por iniciativa de D. Mor Dias, em 1286, para albergar as Clarissas, foi extinto anos mais tarde devido a jogos de interesses do Mosteiro de Santa Cruz, onde D. Mor era soror professa.
A sua reconstrução iniciou-se em 1316, suportada pela Rainha Santa, D. Isabel de Aragão, que para ele se retirou depois da morte de D. Dinis, e aí foi sepultada num túmulo por si mandado construir.
Em 1331, um ano após a conclusão das obras, o Mosteiro sofre a primeira inundação e começa o seu afundamento, o que obriga à construção de um novo «chão» a meia altura da igreja. E apesar de todas as intervenções posteriores, vai-se afundando e inundando de água do Mondego. Em 1677 é completamente abandonado pela comunidade religiosa, que se retira para o Mosteiro Santa Clara-a-Nova, entretanto construído.
Assim permanece, abandonado, até 1995, ano em que se iniciam os trabalhos de drenagem.A cultura alimenta o espírito, mas o físico reclama também por alimento. Após a visita às ruínas do Mosteiro metemo-nos no autocarro e seguimos para a beira-rio onde, numa varanda sobre o belo espelho de água do Mondego, restaurantes e esplanadas, bem cuidados,oferecem agradáveis petiscos e miram patinhos barquitos serenos, que vão cortando as águas do rio.
Após o almoço, um passeio pelo Jardim Botânico serviu para relaxar e, talvez, para alguns, reviver tempos da sua juventude passados na bela cidade académica. Depois seguimos para Sangalhos para fazermos uma visita às Caves Aliança e jantarmos. E tanto o espírito, como o físico saíram deliciados mais uma vez.As Caves Aliança não são umas vulgares Caves de Vinhos. Aqui a arte e os vinhos completam-se. Aliam-se. Fazem parelha perfeita. Ao longo de quilómetro e meio de galerias subterrâneas, que se afundam até à profundidade de 20 metros da superfície, vão-nos falando de arte, de vinhos, de espumantes, de aguardentes; vamos observando garrafas, pipos e tonéis em carvalho francês e russo, máscaras, azulejos, cerâmicas, pedras semi-preciosas…
São sete as Colecções de Arte, que podemos admirar ao longo destas galerias, assim nomeadas e expostas em espaços distintos: Colecção Arqueológica, proveniente do Bura-Asinda-Sika, do Níger, Arte Etnográfica Africana, Escultura Contemporânea do Zimbabué, Colecção de Minerais, Colecção de Fósseis, Azulejos, Cerâmica das Caldas.
Todas estas colecções fazem parte do Universo Berardo.
José Berardo é, desde há dois anos, o sócio maioritário das Caves Aliança.
Satisfeito o espírito e estourado o físico, na sala de jantar das Caves Aliança jantámos uma cabidela de leitão e um leitão com laranjas, acompanhdos por vinhos branco e tinto e champanhe. Doce, fruta e café finalizaram a refeição. Regressámos depois a Barcelos de alma e corpo bem alimentados e felizes.
Foi um dia maravilhosamente passado. A Alegria, o Companheirismo, a Amizade e a Cultura foram os ingredientes base da sua composição.
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