Uma boa forma – entre outras - de agregar um clube de serviço em torno de um objetivo de trabalho é um passeio pós férias. Renova os laços de união e convívio entre os seus elementos, que as férias desligaram um pouco, convocando-os para o serviço.
Marcado para o dia 24 de Setembro, com ponto de encontro no Campo da Feira, junto ao chafariz, os Companheiros e Companheiras inscritos vão chegando ao local à hora pré-definida. Chega o autocarro, cada um toma lugar com a disposição de desvendar o mistério à medida que as horas avancem no dia, já que o organizador não levanta a ponta do véu sobre o programa deste passeio por terras de Portugal. E a palavra “mistério” acicata-nos a mente e são várias as hipóteses levantadas, sem contudo surtirem qualquer efeito.
O autocarro entra na autoestrada e segue no sentido de Braga e desvia depois no sentido de Guimarães. Dão-se palpites, mas a cortina continua impenetrável.
A meia hora cresce, mas a tal paragem não chega.
Seguimos agora em direção a Penafiel e, chegados à cidade… “ O autocarro vai deixar-nos aqui e virá buscar-nos daqui a hora e meia.”
O núcleo da arqueologia expõe os vários objetos encontrados nas diversas estações arqueológicas do concelho, e falam dos diferentes habitantes daquela região desde os tempos mais remotos, seus usos e costumes.
Tem uma sala multimédia com várias ferramentas audiovisuais, entre as quais um objecto, que dá pelo nome de "olhómetro" e faz lembrar os discos voadores dos filmes de ficção de antigamente, por onde pode fazer-se uma visita física ao concelho sem sair daquele espaço.
Tem uma sala multimédia com várias ferramentas audiovisuais, entre as quais um objecto, que dá pelo nome de "olhómetro" e faz lembrar os discos voadores dos filmes de ficção de antigamente, por onde pode fazer-se uma visita física ao concelho sem sair daquele espaço.
É um museu aparentemente diferente, com uma atividade pedagógica diversificada e interessante, mantendo com as famílias uma interatividade viva, com as quais faz mensalmente uma atividade conjunta: Domingo, dia 25 de Setembro, iriam fazer pudins com as famílias.
Penafiel fica para trás, mas o mistério continua. Vão surgindo as placas indicadoras de Mondim…Marco…, até que se delineia o sentido de Amarante. Daí… o Túnel do Marão, essa grande obra de viadutos compridos e altíssimos, que fura a serra do Marão por quase seis quilómetros. O maior túnel da Península Ibérica. E, para muitos Companheiros e Companheiras foi o batismo.
Percorrido este, o sentido lógico seria Vila Real. Eis-nos porém a circular pelo viaduto que passa ao lado da cidade…
Pouco depois de atravessarmos o viaduto deixamos a autoestrada na saída de Vila Nova, voltamos em direção de Vila Real e seguimos para a Estalagem Quinta do Paço, a três quilómetros de Vila Real – um lugar bonito e acolhedor - onde degustamos um saboroso almoço e a simpatia das gentes transmontanas.
Cinco minutos depois, parávamos em frente ao Palácio de Mateus, um palácio em estilo barroco mandado construir pelo primeiro morgado de Mateus - António José Botelho Mourão - na primeira metade do séc. XVIII. E, em 1970, por iniciativa de D Francisco de Sousa Botelho Albuquerque, foi constituída a Fundação da Casa de Mateus com o objetivo de conservar o património e constituir um espaço ao serviço da cultura na região.
No seu interior podemos admirar os magníficos tetos trabalhados em madeira de castanho, em particular o da primeira sala, que é lindíssimo, e o rico espólio distribuído pelas várias salas, constituído por mobiliário diverso e rico, cerâmicas, quadros, livros – a Biblioteca alberga mais de 3000 livros, entre os quais a primeira edição ilustrada dos Lusíadas.
Há ainda a referenciar a capela, cuja fachada principal é também de meados do séc. XVIII e os jardins. Esses, do início do séc. XX, são também muito bonitos e bem cuidados, e estendem-se por vasto espaço, e completam este conjunto magnífico, em que a história, a beleza e a cultura se entrelaçam e nos enriquecem espiritualmente.
Mas a sua imagem de marca é, sem dúvida, o espelho de água que reflete a fachada frontal do palácio.
Mas a sua imagem de marca é, sem dúvida, o espelho de água que reflete a fachada frontal do palácio.
Depois de um chá na Pastelaria Gomes, na avenida Carvalho Araújo, em Vila Real, iniciamos a viagem de regresso. Contudo, o mistério não está ainda completamente desvendado.
Chegados a Amarante vimo-nos de novo a sair da autoestrada para irmos jantar ao "Golfe" de Amarante.
Assim se rasgou toda a cortina. Pena foi chegarmos de noite, pois é também um espaço muito bonito.
Assim se rasgou toda a cortina. Pena foi chegarmos de noite, pois é também um espaço muito bonito.
Foi bom. Houve alegria, convívio, companheirismo, cultura e foram desafiados os neurónios na busca da descoberta.
Lions Clube de Barcelos, Setembro de 2016
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