Mais
um passeio organizado pelo Lions Clube de Barcelos aconteceu ontem, dia dois de
junho, em que a Cultura, a Alegria, a Amizade e o Companheirismo compuseram a
ementa.
A
saída foi, como de costume, do Campo da Feira, às oito horas, num autocarro
cheio de Companheiros e Amigos, em direção ao Palácio da Bolsa - onde teve início o nosso passeio cultural - na maravilhosa capital do norte e belíssima e antiga cidade do Porto.
Orientados
por uma Guia jovem e simpática percorremos as diferentes salas que compõem esse
magnífico edifício do século XIX, em estilo neoclássico, construído sob
autorização régia de D. Maria II para albergar a Associação Comercial do Porto,
em consequência do encerramento da Casa da Bolsa do Comércio. Foi
projetado pelo arquiteto Joaquim da Costa Lima e o lançamento da 1ª pedra aconteceu a 6 de Outubro de 1942.
A
Guia começou por apresentar-nos o Pátio das Nações, onde estão representadas todas as
nações com as quais Portugal mantinha, à época, relações de amizade e comércio.
Subindo depois a magnífica escadaria granítica, rasgada em duas após um lanço inicial, encaminhou-nos pela da esquerda até à Sala do Tribunal ornamentada em toda a volta com belos quadros, a que se seguiram a Sala Dourada ou de reuniões, a Sala das Assembleias Gerais decorada com painéis em gesso a imitar madeira de carvalho, a Sala dos Retratos onde estão representados a corpo inteiro os últimos Reis de Portugal desde D. Pedro V.
Mas foi sobretudo o luxuoso Salão Árabe que nos deslumbrou pela magnificência e esplendor das suas ornamentações em estuque colorido, com escritos a ouro, em árabe, disseminados pelas paredes entre os arabescos ornamentais. E como só Alá não erra, o salão feito por humanos teria de ter erros; ou, pelo menos, um erro. E este está no desvio, quase imperceptível, no enfiamento das duas portas em cada topo do salão, em frente uma da outra.
Quaisquer
destas salas poderão der alugadas para a realização de eventos.Subindo depois a magnífica escadaria granítica, rasgada em duas após um lanço inicial, encaminhou-nos pela da esquerda até à Sala do Tribunal ornamentada em toda a volta com belos quadros, a que se seguiram a Sala Dourada ou de reuniões, a Sala das Assembleias Gerais decorada com painéis em gesso a imitar madeira de carvalho, a Sala dos Retratos onde estão representados a corpo inteiro os últimos Reis de Portugal desde D. Pedro V.
Mas foi sobretudo o luxuoso Salão Árabe que nos deslumbrou pela magnificência e esplendor das suas ornamentações em estuque colorido, com escritos a ouro, em árabe, disseminados pelas paredes entre os arabescos ornamentais. E como só Alá não erra, o salão feito por humanos teria de ter erros; ou, pelo menos, um erro. E este está no desvio, quase imperceptível, no enfiamento das duas portas em cada topo do salão, em frente uma da outra.
Finalizada
a visita ao Palácio da Bolsa, entrámos no autocarro e seguimos para o Terminal
de Cruzeiros do Porto de Leixões, uma construção moderna que seduz o visitante
pela beleza e arrojo, e nos orgulha por ser nossa, assinada pelo Arquiteto Luís
Pedro Silva, da escola do Porto.
Privilegiando
a curva e jogando com o pé direito, esta construção magnífica, implantada no seu
espaço como um mini polvo com três braços - um abraça a Marina de Recreio,
outro é o cais de embarque, e o outro faz a ligação a terra - ergue-se em sete
pisos que, na realidade, são três, e leva-nos por uma rampa em espiral desde
a base ao topo, no terceiro piso. Há aí um “terraço” com uma vista magnífica
sobre o mar e a cidade, embelezado por uma escadaria que poderá servir de
bancada (assento) para eventos que se queiram aí realizar; no interior deste terceiro
piso tem uma sala de 600m2, utilizada para eventos próprios ou externos,
podendo ser alugada por qualquer pessoa ou organismo. Pelos restantes pisos estendem-se
gabinetes utilizados por cientistas que aí fazem as suas pesquisas - funciona no edifício o Pólo do mar da Universidade do Porto -, bem como os espaços necessários
à boa funcionalidade do mesmo no âmbito da finalidade para que foi
construído. É todo revestido a azulejos brancos fabricados na fábrica da Vista
Alegre, e tem um milhão, aplicados manualmente a imitar escamas de peixe. É atualmente utilizado em três vertentes: Terminal
de Cruzeiros com ancoradouro para navios até 320 m de comprimento; Pólo do mar da
Universidade do Porto, onde funcionam gabinetes e se faz investigação, como já disse, e local de eventos.
Daqui
seguimos para o almoço num grande restaurante envidraçado voltado para o mar.
Depois
do almoço seguiu-se o tempo destinado à descontração, aventura e divertimento. Ou seja ao lúdico, que é também cultural: entramos no autocarro e regressámos ao Porto para descermos no Funicular dos
Guindais, desde a Batalha à entrada do 1º tabuleiro da Ponte de D. Luís. A vista é magnífica! Mas não posso deixar de registar que, a partir de
determinado ponto do trajeto, a descida é íngreme e impressiona. Seguimos a pé pelo 1º tabuleiro da ponte de D. Luís até à outra banda, onde
esperámos pelos restantes companheiros de aventura: sendo um grupo grande, a
descida de Funicular teve de ser feita por duas vezes.
De
novo juntos, seguimos pelo Cais de Gaia até ao edifício Porto Cruz, onde é
possível ver um filme sobre o fabrico do vinho do Porto e subir ao terraço para
admirar a vista e curtir uma música jovem e barulhenta. Mas o espaço, curto
para a gente que o ocupa num sábado à tarde, não nos permitiu tirar desta
caminhada o proveito imaginado e desejado. Só à semana poderá proporcionar o
que se espera dela.
Continuámos o trajeto pelo Cais de Gaia até ao Terminal do Teleférico, que nos transportou sobre os telhados de Gaia à serra do Pilar para uma visita guiada ao Mosteiro: uma edificação do século XVI, cuja construção foi iniciada no reinado de D. João III para albergar monges da Ordem de Santo Agostinho. Senhor de uma arquitetura singular, constituída por um Claustro em forma circular no enfiamento da Igreja igualmente circular e com as mesmas dimensões, é Património Mundial da Unesco.
Continuámos o trajeto pelo Cais de Gaia até ao Terminal do Teleférico, que nos transportou sobre os telhados de Gaia à serra do Pilar para uma visita guiada ao Mosteiro: uma edificação do século XVI, cuja construção foi iniciada no reinado de D. João III para albergar monges da Ordem de Santo Agostinho. Senhor de uma arquitetura singular, constituída por um Claustro em forma circular no enfiamento da Igreja igualmente circular e com as mesmas dimensões, é Património Mundial da Unesco.
Dada
sua implantação geográfica estratégica, foi baluarte de vigia e de defesa e teve
grande relevância militar durante as Invasões Francesas, o Cerco do Porto e a Revolta
de Maria da Fonte; e grande parte das suas instalações são ocupadas pelo Exército
Português desde há muito tempo. Está aberto ao público
desde 2012.
Terminada esta visita, descemos a ladeira e caminhámos pelo 2º tabuleiro da Ponte D. Luís
até à Batalha, deliciando-nos com a vista sobre o rio, a Muralha Fernandina, o Casario da Ribeira e o Cais de Gaia. Descemos depois à Rua das Flores, Aliados, Estação de S. Bento, e por aí nos dispersámos, cada qual ocupando o tempo como quis, até que o autocarro
nos foi buscar à hora marcada e nos trouxe de regresso.
Julgo
poder dizer, que foi um dia que a todos enriqueceu, quer culturalmente, quer psíquica e mentalmente, através
da alegria, convívio e amizade com que foi vivido.
Lions Clube de Barcelos
03/06/18